Politica

Collor diz que foi vítima de "golpe parlamentar" em impeachment de 1992

No programa de estreia no horário eleitoral, o ex-presidente afirmou que os movimentos que levaram milhares de pessoas às ruas foram "todos orquestrados"

postado em 21/08/2014 15:37
O candidato a senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello, afirmou que o impeachment que o tirou da presidência da República em 1992 foi um "golpe parlamentar". A declaração foi dada no programa de estreia no horário eleitoral dessa quarta-feira (20/8).

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No começo do programa, a apresentadora e o locutor disseram que Collor teve a "carreira interrompida por falsas acusações" e foi "perseguido e cassado pelos políticos". "Fui afastado somente supondo que as acusações que faziam à época eram verdadeiras. Sem nenhuma prova disso", argumentou o ex-presidente. Segundo Collor, os movimentos que levaram milhares de pessoas às ruas foram "todos orquestrados".



Em depoimento, Collor citou que foi absolvido de duas das acusações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 1994 e abril de 2014. O ex-presidente não foi condenado na última absolvição por falta de provas pelo crimes de desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e corrupção passiva.

Ao final do programa, a apresentadora se dirigiu diretamente aos concorrentes de Collor. "Agora que tudo ficou bem claro, que não venham os adversários com baixaria, nem calúnias. Collor é ficha limpa", concluiu.

Impeachment
Durante o mandato, denúncias de irregularidades foram veiculadas na imprensa envolvendo pessoas próximas a Fernando Collor, como ministros, amigos do presidente e a primeira-dama Rosane Collor. Em 1992, foi revelado que o ex-presidente pagava despesas pessoais com dinheiro de uma conta fantasma mantida pelo ex-tesoureiro da campanha presidencial, Paulo César Farias.

A Câmara dos Deputados abriu o processo de impeachment, pressionado pela população. Os parlamentares votaram pela saída de Collor do poder, que renunciou ao cargo antes de ser condenado.

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