Politica

PF cumpre mandados em empresas ligadas a ex-diretor da Petrobras

Ao todo, a Polícia Federal tem 11 mandados de busca e apreensão contra empresas e familiares de Paulo Roberto Costa

postado em 22/08/2014 09:55
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22/8), a sexta fase da Operação Lava Jato, que tenta desarticular esquema de lavagem de dinheiro. O alvo de 11 mandados de busca e apreensão são empresas com sede no mesmo endereço no Rio de Janeiro, ligadas ao genro do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em 17 de março na primeira fase da operação.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os clientes dessas empresas são basicamente construtoras contratadas para obras da Petrobras e empresas do setor petroquímico. O MPF explica que chegou às empresas ao quebrar o sigilo bancário de Paulo Roberto da Costa e parentes. Foi identificado que Costa, em 2013, fez empréstimo de R$ 1,9 milhão de Marcelo Barboza Daniel. Em 2012, Humberto Sampaio de Mesquita, genro de Paulo Roberto Costa, declarou ter recebido doação de R$ 1 milhão de Marcelo.

[SAIBAMAIS]

Humberto e Marcelo são sócios das empresas que são alvo da operação hoje. Para o MPF, ;o suposto empréstimo e a doação já referidos poderiam servir para justificar o repasse de valores de propina para Paulo Roberto Costa;.

;Entre as diversas empresas clientes das empresas de Marcelo Barboza Daniel e de Humberto Sampaio de Mesquita, confirmou-se haver correspondência com documentos apreendidos com Paulo Roberto Costa, como o relatório que se acredita tratar de informação do doleiro Alberto Youssef sobre valores de Paulo Roberto Costa sob sua administração e a planilha manual em que Paulo Roberto Costa buscava ;colaborações; de empresas;, diz o MPF.

A primeira fase da Operação Lava-Jato ocorreu em 17 de março deste ano, quando a PF desarticulou uma quadrilha comandada pelo doleiro Alberto Youssef e por Paulo Roberto Costa, com tentáculos no meio político, incluindo a participação de parlamentares. Entre os crimes investigados, estão lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. No Congresso, duas comissões trabalham simultaneamente nas investigações de denúncias ligadas à Lava-Jato. Dois deputados federais, Luiz Argolo (SDD-BA) e André Vargas (Sem partido-PR) correm risco de cassação por ligações com Youssef.

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