A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, utilizou a maior parte do programa eleitoral desta quinta (11) para elencar as ações de seu governo no combate à corrupção. A escolha do tema se dá depois do vazamento de parte do depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que teria delatado à Polícia Federal a existência de um esquema de pagamento de propinas em contratos firmados pela estatal.
[SAIBAMAIS]
Além dos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o esquema também teria beneficiado duas dezenas de parlamentares da base do governo Dilma e até o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
;Um tema me causa muita revolta e imensa repulsa: a corrupção. (...) ao longo da minha vida, ninguém nunca me viu envolvida em qualquer ação desonesta. Sempre tive tolerância zero com a corrupção, e é assim que tem sido no meu governo;, começa Dilma. O programa segue citando ações dos governos petistas no combate à corrupção, como o fortalecimento da Polícia Federal e dos órgãos de fiscalização; o status de ministério concedido à Controladoria Geral da União (CGU), a criação do Portal da Transparência, da Comissão de Combate à Lavagem de Dinheiro e as leis da Ficha Limpa e de Acesso à Informação.
Dilma também atribuiu o aumento na percepção da corrupção à maior independência dos órgãos de fiscalização. "A gente não tem de ter medo de ir fundo, porque a verdade liberta, enquanto a mentira cria a falsa impressão de que tudo está bem (...). É isso que vou continuar fazendo, porque tenho as mãos limpas, e exigo de todos o mesmo respeito com o dinheiro público".