Politica

Marina se diz vítima de "marketing selvagem" e chama PT de "conservador"

Na presença de empreendedores, a candidata do PSB prometeu uma reforma tributária e alfinetou adversários. Segundo ela, os advogados da campanha entraram na Justiça para protegê-la de calúnias e difamações

postado em 16/09/2014 14:55
Em encontro com jovens empreendedores, a candidata à Presidência da República pelo PSB, ex-ministra Marina Silva, se comprometeu em fazer uma reforma tributária e aproveitou para voltar a criticar a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. A ex-petista disse que o PT promoveu avanços, mas que, por repetir a fórmula, se tornou "conservador". Ela disse ainda que se tornou alvo de um "marketing selvagem" da campanha dos demais concorrentes.

Segundo ela, o PT conseguiu atualizar a estrutura sindical. "O problema é que o sucesso é um problema porque quando você tem sucesso, a tendência é repetir a fórmula e, ao repetir a fórmula, você se torna conservador", alfinetou.

[SAIBAMAIS]Para ela, os adversários não estão apresentando propostas e apelam para os embates, em vez de debates. "Nossos advogados entraram com uma ação na Justiça para nos proteger de todas as calúnias e difamações. Queremos manter as eleições no ambiente do debate e não do embate. É preciso que as propostas prevaleçam e não as fofocas. Para o marketing selvagem não existe argumento nem dicernimento. Não vamos revidar na mesma moeda", justificou.

Hoje (16/9), o procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, encaminhou um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que defendeu a suspenção da propaganda da campanha da presidente Dilma Rousseff, na qual há críticas à proposta de Marina de autonomia do Banco Central.



Embora a socialista afirme querer evitar embates, ela voltou a atacar a concorrente petista. Segundo Marina, se eleita, renovará a escolha dos diretores da Petrobras por critérios de competência e ética. "Se isso incomoda nossos adversários, inclusive a presidente Dilma, que disse que não vai fazer mudanças, compreende que as indicações para as agências e diretorias da Petrobras continuarão com critérios puramente políticos, com resultado que o Brasil está vendo. A Petrobras é uma empresa respeitada e competente, mas está ameaçada, com metade do valor que tinha e quatro vezes mais endividada", argumentou.

Propostas

Aos empreendedores, Marina garantiu agilidade. "No primeiro mês do nosso governo, vamos encaminhar para o Congresso uma proposta com alguns princípios de justiça tributária. Quem tem menos, paga menos e quem tem mais, paga mais. E com transparência tributária, porque muita gente que não sabe o que está pagando", disse. Ela também prometeu investir no princípio da simplificação. "Mas quem vai fazer a reforma será a sociedade, renovando quem está no comando desse processo, no comando do Congresso", disse.

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