Politica

Por meio de Michel Temer, PT busca neutralidade do PSDB em segundo turno

A aproximação, que ficaria à cargo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), não tem a intenção de conseguir apoio tucano, mas sim, a neutralidade do partido

João Vítor Pascoal
postado em 17/09/2014 10:45
A candidatura de Dilma Rousseff (PT) já ensaia uma aproximação com o PSDB, caso o cenário mostrado nas últimas pesquisas, de um segundo turno entre a petista e Marina Silva (PSB), seja consolidado no dia 5 de outubro. A aproximação, que ficaria à cargo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), não tem a intenção de conseguir apoio tucano, mas sim, a neutralidade do PSDB no segundo turno.

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Em entrevista ao site Valor, Temer afirmou que utilizará vínculos com tucanos para costurar a neutralidade. "Tenho muitos vínculos entre os dirigentes do PSDB e posso ajudar neste sentido", disse o vice-presidente. Ele afirmou ainda que a confirmação de vitórias de alianças firmadas entre o PMDB e PSDB para disputa de governos estaduais também vai auxiliar na aproximação. Temer disse contar com "todos alinhados e dispostos" a participar da campanha presidencial pró Dilma.

A candidatura petista entende que para acirrar a disputa no embate direto diante de Marina, é necessário evitar que Aécio e demais tucanos declarem apoio à candidata do PSB. O objetivo é que, sem o apoio declarado do candidato e do PSDB, os eleitores do senador mineiro não tenham a "migração" para a candidatura de Marina como um caminho único e automático.

A mudança de Aécio para Marina já está sendo identificada em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde fatias do eleitorado que declaravam voto no tucano mudaram para a candidata do PSB. Para muitos, o voto em Marina, líder nas pesquisas no estado, seria um "voto útil", que tem como prioridade a saída do PT do poder.

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