Naira Trindade
postado em 19/10/2014 08:00
Um calhamaço com centenas de páginas acumula poeira à espera da apreciação dos 32 parlamentares que integram ; desde 28 de maio deste ano ; a CPMI da Petrobras no Senado. São mais de 400 requerimentos pedindo acesso a documentos, quebras de sigilos fiscais e telefônicos e convocações de testemunhas e envolvidos no escândalo que, segundo a Polícia Federal, desviou R$ 10 bilhões dos cofres públicos. Sem a aprovação deles, as investigações da comissão seguem em banho-maria e ficam limitadas às informações fornecidas pela PF.Desde a criação, os integrantes da CPMI da Petro ; como foi batizada no Congresso ; já receberam 791 requerimentos. Deles, 333 foram aprovados, mas 458 ainda aguardam a apreciação. Uma simples busca nos arquivos da comissão de inquérito no site do Senado revelam que 121 pedidos ; ou seja, 26% ; cobram as quebras de sigilos fiscais, telefônicos e bancários de mencionados no esquema de corrupção e das empreiteiras acusadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de pagar propinas a políticos e empresas.
Líder do PPS na Câmara, o deputado Rubens Bueno (PR) lembra a dificuldade de se instalar a comissão para investigar os prejuízos causados à estatal pelo esquema de corrupção. ;Nós estamos tentando desde 2011 instalar essa comissão na Câmara e no Senado e só conseguimos em maio. Foram praticamente três anos para ser instalada e evidentemente está sendo tocada com a maioria de parlamentares da base governista, que não a deixam avançar;, frisou.
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