Politica

Rui Falcão lamenta manifestações a favor de intervenção militar

Presidente do PT disse que "ninguém quer trazer de volta" tempos da ditadura militar (1964-1985). Executiva petista se reuniu hoje para discutir resultado das eleições

postado em 03/11/2014 17:08
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse, na tarde desta segunda-feira (3/11), ;lamentar; os protestos recentes de cidadãos que pediram a volta do golpe militar. Na tarde do último sábado (1/11), manifestantes foram às ruas em São Paulo, Brasília e Curitiba pedir o impeachment da presidente Dilma. Alguns deles também seguravam cartazes pedindo a tomada do poder pelos militares.


[SAIBAMAIS] ;São manifestações minoritárias. Lamento que elas ocorram. Nós temos uma democracia consolidada no país, que precisa ser aperfeiçoada com a reforma política, com mais participação popular. Mas acho que a memória que se tem da época da ditadura nenhum de nós quer trazer de volta;, disse ele, após participar de reunião da Executiva Nacional do PT, no fim da manhã desta segunda-feira. Segundo Rui e outros membros da Executiva, o encontro fez uma avaliação da conjuntura após as eleições.

Também presente ao encontro, o líder da bancada do PT no Senado, Humberto Costa (PE), cobrou da oposição que se posicione contra as manifestações pró-golpe. ;Primeiro, esperamos que (a oposição) trabalhe pelo Brasil. Segundo, que reconheça e dê total legitimidade ao resultado das eleições. E em terceiro achamos que tem que haver uma condenação veemente ao tipo de colocação que tem sido feita em manifestações minoritárias que ocorreram recentemente, de defesa da ditadura ou de um golpe militar;, disse ele.

"O candidato da oposição tem que ser absolutamente claro e cristalino em relação ao fato de que não namora com nenhuma tentativa autoritária para o nosso país. Ele tem que se manifestar contra os que namoram, como o governador Alckmin fez hoje;, disse Costa, dirigindo-se ao ex-candidato tucano à presidência, o senador Aécio Neves (MG). O tucano deve ir ao Senado amanhã fazer seu primeiro discurso depois das eleições.

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