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Justiça proíbe 11 investigados da Lava-Jato de viajarem para o exterior

Juiz Sérgio Moro pediu à Polícia Federal que inclua no seu sistema de passaportes e de fronteiras os alertas necessários

postado em 20/11/2014 14:46
O juiz federal Sérgio Moro, à frente dos processos referentes à Operação Lava-Jato, proibiu que 11 dos investigados viajem ao exterior. O magistrado pediu à Polícia Federal que inclua no seu sistema de passaportes e de fronteiras os alertas necessários.

Todos os nomes incluídos na lista são de pessoas presas na última sexta-feira e soltas pelo juiz depois de prestarem depoimento aos delegados da Polícia Federal que conduzem a investigação. Outros 12 investigados continuam presos.

[SAIBAMAIS]

A decisão citou o engenheiro civil Valdir Lima Carreiro, 65, diretor presidente da Iesa Óleo & Gás S.A.; Othon Zanoide de Moraes Filho, 55, diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, pertencente ao grupo Queiroz Galvão; o policial Jayme Alves de Oliveira Filho; o advogado da Construtora OAS Alexandre Portela Barbosa, 29; o administrador de empresas Walmir Pinheiro Santana, 51, responsável pela UTC Participações S.A.; o engenheiro civil Ildefonso Colares Filho, 66, diretor-presidente da Construtora Queiroz Galvão S.A.; o advogado Carlos Alberto da Costa Silva; Otto Garrido Sparenberg, 54, diretor da Iesa Óleo & Gás S.A.; o diretor técnico da Engeviz Engenharia S/A, Newton Prado Junior, 57; o diretor técnico da Engevix Engenharia S/A Carlos Eduardo Strauch Albero, 59; e Ednaldo Alves da Silva, da UTC.

Saldos bloqueados

O juiz Sérgio Moro também determinou o bloqueio de contas de investigados da sétima fase da operação. Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC, por exemplo, teve mais de R$ 10 milhões bloqueados no Citibank e R$ 83 mil no Bradesco. Ele foi solto na última terça-feira.

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, teve R$ 51 mil bloqueados no Citibank e outros R$ 900 no Bradesco. O empresário também foi solto na última terça. Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, também teve um alto valor bloqueado: R$ 22,6 milhões. Ele está em prisão preventiva: 30 dias, renováveis pelo mesmo período.

O diretor-presidente da área internacional de petróleo e gás da empresa, Agenor Franklin Magalhaes Medeiros, teve saldo de quase R$ 47 mil. Agenor cumpre prisão preventiva, ou seja, 30 dias, renováveis pelo mesmo período. Segundo as informações da Justiça Federal do Paraná, foram identificadas oito contas do executivo. Em seis delas não havia saldo.

Moro também pediu o bloqueio das contas dos executivos da Camargo Correa. Dalton dos Santos Avancini, presidente da empresa, teve R$ 850 mil bloqueados. Já o vice-presidente, José Hermelino Leite, teve um saldo total de R$ 463 mil bloqueado pela Justiça em três bancos, sendo R$ 422 mil apenas no Citibank. João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração, teve saldo de R$ 101 mil bloqueados. Ele foi solto na última quarta.

José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS, aparece na lista com quase R$ 700 mil bloqueados por ordem judicial. O vice-presidente executivo da Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, teve R$ 700 mil bloqueados

O diretor-financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, teve o menor valor bloqueado: R$ 10 mil.

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