Politica

Suposto emissário de Duque se coloca à disposição da Justiça

postado em 25/11/2014 12:01
O dono da LFSN Consultoria Engenharia S/S Ltda, Shinko Nakandakari, que, segundo a Galvão Engenharia, era o emissário da Diretoria de Serviços da Petrobras e teria recebido R$ 8,86 milhões de propina paga pela empreiteira, se colocou à disposição da Justiça Federal para prestar esclarecimentos. Em petição encaminhada ao juiz federal Sergio Moro, nesta terça-feira (25/11), Shinko solicita cópia integral dos autos da investigação, sobretudo, do depoimento prestado por pelo diretor-presidente da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca. Ele informou à Justiça o seu endereço residencial para que possa ser intimado. [SAIBAMAIS] A construtora Galvão Engenharia S/A, uma das investigadas pela Operação Lava-Jato por integrar o esquema bilionário de corrupção entranhado na Petrobras, apresentou à Justiça Federal, comprovantes do pagamento de suposta propina no valor de R$ 8,86 milhões. A defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da empreiteira, alegou que o suborno, pago em 20 parcelas entre novembro de 2010 e junho deste ano, foi direcionado a Shinko Nakandakari, "pessoa que se apresentou como emissário da Diretoria de Serviços da Petrobras na presença de Pedro Barusco". Até 2012, a diretoria em questão era comandada por Renato Duque, um dos presos da Lava-Jato. Barusco exercia o cargo de gerente de Engenharia, subordinado a Duque. Os advogados de Erton Medeiros alegaram que a Galvão Engenharia teve que fazer o pagamento para não ter problemas nos contratos firmados com a petrolífera. "A cobrança da vantagem indevida se deu em formato semelhante ao adotado pela Diretoria de Abastecimento, ou seja, com a efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia S/A tinha com a Petrobras caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal."

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