Politica

Sócio da Sanko-Sider diz que relação com doleiro foi dentro da lei

postado em 27/11/2014 12:14
O sócio-diretor da empresa Sanko-Sider Marcio Andrade Bonilho falou há pouco que a relação entre a empresa e o doleiro Alberto Youssef ; preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato ; para vender tubos de óleo e gás era dentro da lei. ;Paguei R$ 33 milhões ao Youssef pelo serviço de comissão e ele cedeu o crédito a essas empresas [MO Consultoria e GFD Empreendimentos, empresas de fachada de Youssef]. Ele apresentou essas notas por uma exigência minha de ter notas fiscais;, afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras.

[SAIBAMAIS] Segundo Bonilho, nenhuma das notas das empresas de Youssef aceitas pela Sanko era falsa. ;Eu chequei uma por uma antes de pagar.; A Sanko fechou 12 negócios a partir das negociações do doleiro, o maior deles do consórcio CNCC, liderado pela construtora Camargo Corrêa, para a obra da refinaria de Abreu e Lima. Só nesse contrato, a Sanko recebeu R$ 198 milhões, com lucro de 6% a 8%, de acordo com Bonilho.

Do faturamento da Sanko, apenas 2% vieram de vendas diretas a Petrobras, feitas por pregão eletrônico da Petrobras (Petronet), segundo o empresário.

Comissão
A comissão que Youssef recebia da Sanko, segundo Bonilho, variava entre 3% e 15% da margem de lucro.

O executivo não se lembrou de quando conheceu Youssef. ;Tive dois momentos que marcam o início do relacionamento comercial com ele: em uma feira de óleo e gás ou na entrada da empresa Engevix.;

Repasse
Bonilho admitiu que parte dos recursos pagos a Youssef por seus serviços de acerto entre a Sanko e o consórcio CNCC foram repassados para executivos da construtora Camargo Corrêa. ;Uma parcela do que recebeu ele quis repassar a executivos da Camargo Corrêa. Inicialmente eu imaginava que 100% do dinheiro ia para ele;, afirmou. Ele negou, porém, que a empresa tenha pago comissão a agentes públicos.

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