Politica

STF volta a negar prisão em regime aberto a João Paulo Cunha

Na decisão, o ministro explicou que Cunha deve fechar acordo formal com a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre ressarcimento aos cofres públicos para pleitear o benefício

postado em 22/12/2014 20:33
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou hoje (22) mais um pedido para que o ex-deputado federal João Paulo Cunha, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, passe ao regime aberto. Ele foi condenado a seis anos e quatro meses no semiaberto.

Na decisão, o ministro explicou que Cunha deve fechar acordo formal com a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre ressarcimento aos cofres públicos para pleitear o benefício. ;Formal celebração de acordo que não pode ser substituída por uma certidão que simplesmente revela o início das tratativas entre o apenado e o órgão do Poder Público. Como consequência disso, é imperativo aguardar-se a celebração do acordo a que se reporta o acórdão proferido pelo Plenário desta Corte;, disse Barroso.



Na sexta-feira (19), a defesa do ex-parlamentar afirmou que recolheu R$ 5 mil da primeira parcela de R$ 536,4 mil que João Paulo Cunha deve restituir aos cofres públicos. Por isso, alega que tem direito ao regime aberto. Até o momento, não foi apresentado acordo pela União para devolução da quantia, que corresponde ao valor desviado pelo ex-parlamentar.

Embora tenha direito à progressão por ter cumprido um sexto da pena em regime semiaberto, a maioria dos ministros entendeu, em sessão plenária realizada semana passada, que Cunha só terá direito ao benefício após pagar, parceladamente, R$ 536,4 mil aos cofres públicos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação