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Chinaglia busca aliados em Minas para concorrer à presidência da Câmara

Como parte de uma estratégia do governo federal, que tenta aumentar o apoio a Chinaglia %u2014 a presidente Dilma Rousseff teria convocado os governadores a mobilizarem as bancadas

postado em 27/01/2015 06:00
Como parte de uma estratégia do governo federal, que tenta aumentar o apoio a Chinaglia %u2014 a presidente Dilma Rousseff teria convocado os governadores a mobilizarem as bancadas

Belo Horizonte
; O candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), assegurou ontem que terá votos de parlamentares de todas as legendas e considerou uma ofensa a todos os deputados federais a acusação de que, se eleito, comandará uma Casa submissa ao Executivo. Em Belo Horizonte, o petista foi homenageado em um almoço com a presença do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e parlamentares de vários partidos da bancada do estado, como PV, PTdoB, PTB, PSD, PCdoB, PTC, PP e até mesmo do PSDB. A visita a Minas ocorre três dias depois de o principal rival, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter feito campanha na capital mineira.

[SAIBAMAIS]Como parte de uma estratégia do governo federal, que tenta aumentar o apoio a Chinaglia ; a presidente Dilma Rousseff teria convocado os governadores a mobilizarem as bancadas ;, Pimentel pediu o voto dos parlamentares no almoço. Minutos depois, a adesão do governador foi colocada nas redes sociais do candidato. ;É o mais capacitado para conduzir o parlamento;, afirmou Pimentel. Chinaglia disse que a entrada do governador na campanha ;contribuiu de maneira decisiva para mudar o quadro em Minas, que era mais difícil no início;. A eleição está marcada para o domingo.



Em Minas, Chinaglia rebateu a declaração de Eduardo Cunha, que, na sexta-feira, disse ter a maioria de votos dos 53 integrantes da bancada mineira (aliados do peemedebista projetam entre 30 e 35 votos). Já apoiadores do petista acreditam que Chinaglia conseguirá de 28 a 32 votos. O petista afirmou que a estimativa de Cunha trata-se de ;propaganda enganosa; e considerou a conta um desrespeito ao candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), com quem tem mostrado afinidade. ;Ele (Cunha) já disse coisa pior. Disse que vai ganhar no primeiro turno;, lembrou Chinaglia.

Para o petista, Cunha fez outras declarações ;deselegantes;, entre as quais, a de que, com Chinaglia, a Casa seria submissa ao governo Dilma. O deputado do PT disse ser um desrespeito a todos os parlamentares. ;Se você tem um Poder Legislativo subordinado ao Executivo, você está admitindo que os 513 deputados vão dizer amém para o presidente. É uma forma grave de desqualificar o conjunto. Eu discordo, não por mim; discordo como deputado;, afirmou.

Segundo o candidato do PT, Eduardo Cunha tentou se firmar como nome independente, que representaria parte do governo e a oposição, mas isso não foi chancelado pelos adversários de Dilma, tanto que lançaram Júlio Delgado. Questionado se teria apoio de parte do PMDB, disse que não fala sobre conversas reservadas. ;Mas posso garantir que, na minha percepção, terei votos em todas as bancadas partidárias, sem exceção.;

Apesar de o PSDB estar fechado com a candidatura do mineiro Júlio Delgado, o partido teve dois filiados presentes. O ex-secretário de Ciência e Tecnologia no governo passado Nárcio Rodrigues (PSDB), e o filho Caio Nárcio, eleito pelo PSDB para assumir uma vaga na Câmara.

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