Politica

Para se reeleger, Renan Calheiros precisa de apoio do PT

Preocupação o fez procurar até Aécio Neves, presidente do PSDB

postado em 01/02/2015 08:12
Pela primeira vez, o presidente do Senado, Renan Calheiros, chega a uma eleição dependente dos votos do PT para vencer o adversário, o senador Luiz Henrique da Silveira, do PMDB de Santa Catarina. Ontem, no meio da tarde, ele chegou a procurar o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, que declarou voto em favor de Luiz Henrique. Senadores petistas foram até a casa de Renan comunicar que numa votação secreta seria difícil manter todos os 14 votos do partido fechados com ele. A dissidência em favor de Luiz Henrique levaria pelo menos três petistas, entre eles o gaúcho Paulo Paim.

Na tentativa de reduzir a dissidência do PT, Renan e o líder do partido, senador Humberto Costa (PT-PE), trabalharam todo o sábado. À exceção do senador Delcídio Amaral, que não conseguiu trocar o voo para ontem, os petistas permaneceram em reunião por mais de três horas e anunciaram apoio ao alagoano. A legenda acredita que uma vitória de Luiz Henrique seria creditada à oposição. Os dissidentes entendem que, embora Renan garanta que não tem nada a ver com o petrolão, o peemedebista pode acabar envolvido em alguma investigação em curso dentro da Petrobras e isso acabe por prejudicá-los nos estados.

Alguns ficaram muito assustados com o constrangimento a que o senador Romário, do PSB, foi submetido nas redes sociais depois de anunciar o voto em favor de Renan. O parlamentar fluminense tem entre as bandeiras a inclusão de crianças portadoras de síndrome de Down, causa que sempre contou com total apoio de Renan e da esposa do peemedebista, Verônica, a quem Renan deve hoje o voto de Romário.

As incertezas quanto à margem de segurança fizeram ainda com que a cúpula do PMDB fosse até Aécio Neves conversar sobre a perspectiva de o PSDB ficar fora da Mesa Diretora, caso não seguisse o que foi decidido no partido. No Senado, os procedimentos são diferentes da Câmara. Primeiro, os senadores escolhem o presidente e, depois, o eleito se reúne com os líderes para fechar a composição dos demais cargos.

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