Eduardo Militão
postado em 02/03/2015 19:12
Pedidos de inquérito contra políticos envolvidos na Lava-Jato chegam na terça-feira (3/3) ao Supremo Tribunal Federal, possivelmente no fim do dia. O ministro relator do caso na corte, ministro Teori Zavascki, pretende tirar os sigilo dos procedimentos de investigação do Ministério Público, mas vai analisar cada caso separadamente. A ideia é manter em segredo diligências como pedidos de quebra de sigilo fiscal, bancário, telefônico e de comunicações pela internet, além da íntegra dos depoimentos em delação premiada.O procurador geral da República, Rodrigo Janot, vai tratar as citações a deputados e senadores envolvidos em casos de corrupção na Petrobras de duas maneiras. A primeira é pedir a abertura do inquérito, para depois propor uma denúncia ou mesmo pedir o arquivamento do caso. A segunda é solicitar o arquivamento da investigação por falta de provas ou convicção de que o político não participou de irregularidades mencionadas nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A decisão de abrir inquérito ou arquivar será de Teori, a partir da quarta-feira (4), mas ele deve seguir os pedidos de Janot. Com a decisão tomada, o Supremo deve liberar, tudo de uma vez, o nome dos políticos sobre os quais houve abertura de inquérito ou arquivamento, com o pedido do Ministério Público e o despacho do ministro relator. Os pedidos vão conter o trecho da delação premiada em que o deputado ou senador é citado. Teori não deve liberar íntegra de depoimentos dos colaboradores.