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Câmara cancela "vale-passagem" para cônjuges de deputados; mas há exceções

O cancelamento, porém, está sujeito a "exceções"

Naira Trindade
postado em 03/03/2015 13:00

Após pressão popular, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou, na manhã desta terça-feira (3/3), que a Mesa Diretora da Casa vai revogar o ato que permitia o benefício de passagens aéreas para cônjuges de deputados. O cancelamento, porém, está sujeito a ;exceções;. ;A Mesa vai analisar regimentalmente as excepcionalidades em separado. A revogação do ato volta a situação original;, explicou o presidente. Até a decisão da Mesa, bilhetes aéreos só podiam ser emitidos para os deputados e seus assessores de gabinete.

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Cunha citou como exemplo de excepcionalidade o caso da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica e precisa de uma pessoa para ajudá-la a se locomover. Ele não quis apontar novos casos e não anunciou se já recebeu algum pedido específico. Mara Gabrilli rebateu que, no caso dela, a própria companhia aérea é obrigada a dar um reajuste de 80% nas passagens dos acompanhantes, ou seja, a Câmara só arca com 20% do ticket.

[SAIBAMAIS]Apesar de ter revogado o benefício, Cunha afirma que não haverá economia na Casa uma vez que a verba da cota parlamentar continua a mesma. Ao anunciar o pacote de bondades, o presidente avisou que reajustaria o valor para os gastos com gabinete dos deputados. Antes da revogação, cinco partidos (PT, PSDB, PSol, PCdoB e PPS) já haviam anunciado que abririam mão do uso da verba para cônjuges. Ontem, o Ministério Público Federal também havia pedido o cancelamento do ato.

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