Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, foram avisados de que estão na lista de parlamentares investigados na Operação Lava-Jato. O documento foi enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta terça-feira (3/3), ao Supremo Tribunal Federal, com o pedido de abertura de 28 inquéritos contra políticos citados na investigação. A informação foi confirmada por interlocutores no Palácio do Planalto.
O ministro Teori Zavascki vai analisar caso a caso e deferir ou indeferir os pedidos de abertura de inquérito até esta sexta-feira (6/3), quando também derrubará o sigilo das investigações ; a pedido do próprio Janot. As investigações são baseadas nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef, e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que admitiram um esquema de propina e alegaram que parte do dinheiro iria para campanhas eleitorais.
Em depoimento no último 8 de outubro , a contadora Meire Poza afirmou que o doleiro Alberto Youssef, com quem trabalhava, teria vindo a Brasília se reunir com o senador Renan Calheiros para negociar o investimentos do fundo de pensão Postalis dos Correios. Renan negou qualquer tipo de participação e disse que sequer conhecia a contadora ou o doleiro.