Politica

Base cobra de Dilma projeto com a correção da tabela do IR

Planalto deve enviar ao Congresso proposta alternativa à correção na tabela do IR, anteriormente prevista para 4,5%

Daniela Garcia
postado em 04/03/2015 15:31
Depois do encontro com a presidente Dilma Rousseff, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse, nesta quarta-feira (04/03), que os líderes da base cobraram o governo para apresentar uma proposta alternativa de correção do Imposto de Renda. A partir de hoje, o veto presidencial ao reajuste de 6,5% está trancando a pauta do Congresso, o que impede a votação do Orçamento da União de 2015.

Segundo Costa, o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), foi quem fez o alerta à presidente e pediu que, se o governo tem de fato uma proposta, deveria enviá-la para o Congresso o quanto antes. "O orçamento é muito importante é óbvio, mas eu creio que mais importante para o país neste momento é que possamos votar esses vetos e construirmos alguma proposta no que diz respeito a tabela do Imposto de Renda", disse o petista.

[SAIBAMAIS]No fim de janeiro deste ano, a presidente vetou o projeto do Congresso de fixar em 6,5% o Imposto de Renda. ;A proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa de impacto orçamentário-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal;, justificou o governo, no texto publicado no Diário Oficial da União.

A orientação dada pela equipe econômica foi que a presidente vetasse o artigo e depois editasse outra medida voltando à correção original, de 4,5%. O percentual corrige as faixas de salário sobre as quais incide o imposto. Assim, quanto maior a correção, menor o IR pago pelo trabalhador. Sem a decisão, o imposto que será retido na fonte em janeiro ainda será pela antiga tabela, a que vigorou em 2014, o que obrigará os empregadores a compensarem o imposto nos próximos salários de seus funcionários.O Planalto já havia sinalizado que enviaria uma medida provisória estabelecendo o índice em 4,5% , mas agora vai ouvir as demandas dos parlamentares.

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