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CPI da Petrobras convoca Barusco, Foster e Gabrielli para depor

Plano de trabalho aprovado nesta quinta (5/3) prevê também a convocação do doleiro Alberto Yousseff, entre outros

postado em 05/03/2015 20:50
A CPI da Petrobras pretende ouvir o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco já na próxima semana. Se possível, os parlamentares ouvirão Barusco na próxima terça (10/3). A informação consta do Plano de Trabalho da CPI apresentado pelo relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), e aprovado nesta quinta (5/3). Na sequência, serão ouvidos os ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e Sérgio Gabrielli, além do doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. Ao todo, a CPI da Petrobras pretende ouvir 21 pessoas, entre ex-dirigentes, autoridades da área e até funcionários atuais da estatal.

Por estar em prisão domiciliar, Barusco precisará de autorização da Justiça para comparecer à CPI. Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, Barusco admitiu ter recebido propina para intermediar licitações fraudulentas na Petrobras desde 1997. O ex-gerente disse ainda ter repassado entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões ao PT, entre 2003 e 2013, nas gestões do ex-presidente Lula e no primeiro mandato de Dilma Rousseff. O dinheiro seria proveniente de propinas cobradas para viabilizar o fechamento de pelo menos 90 contratos da estatal, no período.

Inicialmente, o relator da CPI, Luiz Sérgio, defendeu que Graça Foster e Gabrielli fossem ouvidos antes de Barusco. O depoimento do ex-gerente, no entanto, também interessa aos petistas. Depois do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informar que não aceitaria ;estender; o período investigado à gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, os petistas avaliam que o depoimento de Barusco pode ajudar a trazer a suposta corrupção na Petrobras durante a era tucana para a investigação.

Além de antigos dirigente da Petrobras, nomes do comando atual da empresa serão ouvidos pela CPI. Entre outros, foram aprovadas as convocações de João Adalberto Elek Júnior, diretor de Governança, Risco e Conformidade da estatal; o atual diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold; e Gustavo Adolfo Villela de Castro, gerente de Engenharia Naval da empresa. Inicialmente, a CPI tem prazo de 180 dias para concluir os trabalhos, mas esse período pode ser prorrogado.

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