Politica

CPI da Petrobras quer ouvir ex-diretor Renato Duque em Brasília

Em ofício enviado ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, Motta pediu que o diretor seja transferido para a sede da Polícia Federal na capital

Naira Trindade
postado em 17/03/2015 07:18
Após as manifestações de domingo arrastarem uma multidão às ruas do país e aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), decidiu insistir no depoimento do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, acusado de ser o operador do esquema de corrupção do PT na petroleira. Preso novamente ontem, na 10; fase da Operação Lava-Jato, Duque está impedido de comparecer ao depoimento marcado para quinta-feira na Câmara porque um ato da Mesa proíbe a oitiva de detentos na Casa.

Duque, conduzido à  sede da Polícia Federal no Rio após ser preso

[SAIBAMAIS]Em ofício enviado ao juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal de Curitiba, Motta pediu que o diretor seja transferido para a sede da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, os parlamentares vão poder ouvir o acusado na unidade policial. A ideia é que integrantes da comissão se desloquem para a Superintendência da PF, no Setor Policial Sul. Como está detido em Curitiba, Duque também precisa da autorização do juiz Sérgio Moro para poder prestar informações aos deputados da comissão parlamentar de inquérito.



Moro deve enviar uma resposta à CPI da Petrobras nos próximos dias. Geralmente, o juiz responde rapidamente aos questionamentos do Congresso em relação aos investigados da Operação Lava-Jato. Até o fechamento desta edição, no entanto, ele não havia se posicionado.

Preso sob a acusação de ter transferido 20,5 milhões de euros (R$ 70 milhões) da Suíça para Mônaco, Duque é o quarto investigado esperado para ser ouvido pelos integrantes da CPI da Petrobras. Há duas semanas, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco depôs por quase seis horas. Na ocasião, ele enfatizou que Renato Duque era o responsável, com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de esquematizar o repasse de dinheiro para o partido. Segundo Barusco, metade do dinheiro era repartido entre ele e Duque. O restante ficava com Vaccari.

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