Politica

Estratégia do PMDB com demissão de Cid Gomes é emparedar o Planalto

Governo federal não consegue se livrar das amarras porque precisa do aliado para aprovar o pacote fiscal de Dilma

Paulo de Tarso Lyra
postado em 20/03/2015 06:10

Cid bate boca no Congresso.

Um dia após derrubar o ministro da Educação, o PMDB dá sinais de que ditará o ritmo do governo nas votações mais importantes e ainda decidirá quais cargos terá no primeiro escalão federal. Simultaneamente à instalação das comissões especiais para analisar as duas primeiras medidas provisórias do ajuste fiscal, lideranças peemedebistas defenderam mudanças no texto original. Também desdenharam das especulações sobre uma possível nomeação para o Ministério da Educação. ;Já estamos demitindo ministros. O próximo passo é nomeá-los;, provocou um parlamentar.

Na prática, o PMDB, que comanda as duas Casas do Congresso, com Renan Calheiros (AL) no Senado e Eduardo Cunha (RJ) na Câmara, instaurou o que a própria legenda classifica de ;parlamentarismo branco;. Diante de um governo fragilizado politicamente e de uma presidente perdida em meio à pressão dos demais aliados, o PMDB se coloca na posição de fiador do sucesso ou fracasso do Executivo. ;Alguém duvida que, se não quisermos, passa alguma coisa neste Congresso? O governo depende de nós para aprovar tudo, especialmente o ajuste fiscal;, confirmou outra liderança partidária.

Há duas semanas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou de jantar com a cúpula peemedebista, negociou pessoalmente com Renan as alterações na medida provisória do Imposto de Renda (IR) e, na terça-feira, tomou café com Eduardo Cunha. Embora defendam mudanças no texto enviado pelo Planalto, os dois presidentes têm dito que o país precisa do ajuste fiscal para corrigir as distorções econômica. No entanto, eles têm uma pauta própria, que joga a pressão no colo de Dilma (leia reportagem abaixo).

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