Politica

Câmara: defensores de causas LGBT tentam barrar avanço da bancada religiosa

A bancada religiosa conservadora, que ganhou espaço na atual legislatura e quer cortar direitos conquistados pelos gays nos últimos tempos

postado em 21/04/2015 08:00
Feliciano, um dos líderes da bancada religiosa: tentativa de reativar a discussão sobre a

A batalha na Câmara dos Deputados entre a bancada religiosa e os que militam pelos direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) anda cada vez mais acirrada. E pelo menos no início desta legislatura, os deputados contrários à causa gay estão levando vantagem, até mesmo porque contam com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evangélico e autor do projeto de lei que pretende implantar no Brasil o dia do orgulho heterossexual, uma contraposição ao dia nacional do orgulho gay, celebrado em 28 de junho. Além disso, houve uma redução significativa na Câmara das bancadas de esquerda e centro e um aumento recorde do número de parlamentares ligados a denominações religiosas mais conservadoras.

Eles conseguiram aprovar uma convocação para ouvir depoimento de ex-homossexuais, uma tentativa de reativar a discussão sobre a ;cura gay;, e impedir , pelo menos por enquanto, a 12; edição do Seminário Nacional LGBT no Congresso. E prometem ainda deter o que eles chamam de privilégios concedidos à população LGBT. Cientes da força dessa bancada que cresce a cada eleição, os deputados ligados à causa gay se armam para evitar retrocessos e montam um movimento de resistência para impedir perda de conquistas.



Uma das estratégias, de acordo com a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), é aumentar a articulação com movimentos sociais e outros seguimentos, como Poder Judiciário e Ministério Público, e impedir que alguns projetos considerados prejudiciais sejam aprovados, entre eles o que não reconhece as famílias formadas por casais gays; o que cancela as resoluções do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, da Secretaria de Direitos Humanos, que garante o uso do nome social dos transgêneros na escola, instituições carcerárias e em boletins de ocorrência; e a proposta que cria o dia do orgulho hétero. ;A Câmara foi sequestrada pelo fundamentalismo religioso, contrário aos direitos das minorias, por isso temos de lutar para impedir retrocessos;, defende a deputada.

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