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Mercadante afirma que doações da UTC para campanha foram legais

O atual ministro da Casa Civil recebeu R$ 500 mil durante campanha ao governo de São Paulo

postado em 27/06/2015 16:40
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), afirmou que as doações realizadas pela UTC à sua campanha para o governo em São Paulo em 2010 foram feitas legalmente. De acordo com depoimento realizado pelo presidente da empresa, Ricardo Pessoa, em delação premiada na investigação da Operação Lava Jato, o petista recebeu R$ 500 mil, conforme reportagem da revista Veja. Apenas metade deste valor, contudo, teria sido contabilizado pela Justiça Eleitoral.

Segundo Mercadante, foram realizadas duas doações no valor de R$ 250 mil cada, uma 27 de agosto pela UTC e outra em 29 de julho pela Constran,empresa do mesmo grupo, ambas feitas legalmente. "Estou pedindo acesso às informações dessa delação para esclarecer esse episódio e me colocar à disposição da Procuradoria Geral da República para dar resposta o mais rápido às informações necessárias para que a gente possa esclarecer. Como homem público, faço questão de de responder a qualquer tipo de questionamento", declarou.

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[SAIBAMAIS]Ele disse que conheceu Pessoa durante reunião em sua casa em São Paulo, a pedido do empresário, quando apresentou seu programa de governo para o estado. Segundo Mercadante, o grupo doou R$ 1,4 milhão para Geraldo Alckmin, candidato do PSDB ao governo paulista em 2010 e R$ 1,85 milhão para a campanha de 2014 do tucano, além de R$ 500 mil para Paulo Skaf, candidato do PMDB no último ano. ;A UTC tem grandes investimentos em São Paulo, tem obras em metrô, rodovias, na Baixada Santista, construção de presídios. São bilhões e bilhões em obras;, afirmou.

Viagem
O ministro disse que prestar os devidos esclarecimentos sobre as doações foi um dos motivos para não acompanhar a presidente Dilma Rousseff em viagem aos Estados Unidos, em que um dos principais objetivos é atrair investimentos para o país. Ele acompanharia o fórum dos presidentes da empresas. Outra razão para permanecer em Brasília seria acompanhar assuntos importantes para o governo que serão votados nesta semana no Congresso, como a desoneração, mudanças no reajuste do salário mínimo a a apreciação dos vetos presidenciais.

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