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Operação Acrônimo apreende mídias eletrônicas na residência de ex-ministro

As investigações tiveram início em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck

postado em 01/10/2015 13:23
As investigações tiveram início em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck
Em uma das diligências da terceira fase da Operação Acrônimo feitas hoje (1;/10), a Polícia Federal apreendeu diversas mídias eletrônicas na residência do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, localizada no bairro de Belvedere, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo advogado do executivo, Marcelo Leonardo.
Borges atualmente é presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). De acordo com seu advogado, as diligências de busca e apreensão atenderam à determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Herman Benjamin, e se refere ao período em que ele ocupou o cargo de ministro [em 2014], ;não havendo portanto qualquer ligação com a Cemig;, disse.

;Foram apreendidas mídias eletrônicas como notebooks, tablets e telefones celulares. Em seguida, ele [Mauro Borges] recebeu intimação para depor [na superintendência da PF], para onde se dirigiu. Após o depoimento, ele foi liberado;, disse o advogado. ;Como o depoimento é sigiloso, não posso comentar detalhes. Apenas digo que está relacionado à Operação Acrônimo;, disse Marcelo Leonardo. ;Não tenho conhecimento de qualquer ligação entre essa operação e o governador [de Minas Gerais] Fernando Pimentel;, acrescentou.



As investigações da Operação Acrônimo tiveram início em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck. Na época, a PF informou que ela tinha como foco o combate a uma ;organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos;. Entre os presos estava Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené e dono da Gráfica Brasil, que naquele ano atuou na campanha do então candidato e atual governador de Minas Gerais. Ainda naquela etapa da investigação, o delegado Dennis Kali, então responsável pela operação, disse que o governador petista não era alvo da investigação.

Contatado pela Agência Brasil, o advogado de Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que, ;a exemplo do que foi visto nas investigações anteriores, o governador Pimentel não será alvo desta terceira etapa da Operação Acrônimo, até porque as empresas que são alvo não têm nenhuma relação com ele;, disse o advogado referindo-se às empresas citadas em reportagens veiculadas pela mídia.

Segundo Kakay, ;não há nenhuma diligência em empresas ou particulares ligados ao governador;. Assessores ligados ao governo de Minas também informaram não ter notícias de escritório ou residência, tanto do governo como do governador do estado, que tenha sofrido diligência até o momento. Contatado pela Agência Brasil, o diretório estadual do PT em Minas Gerais disse que, até o momento, não houve registro de ação policial em seus escritórios no estado, e que está aguardando informações sobre as ações da PF para, posteriormente, se manifestar.

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