Politica

Reforma ministerial não garante apoio ao governo para a CPMF

Rose de Freitas, presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), afirma que CPMF não tem aceitação

Rosana Hessel
postado em 07/10/2015 16:19
Rose de Freitas, presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), afirma que CPMF não tem aceitação Apesar da reforma ministerial realizada nesta semana com ampliação das pastas do maior partido da base aliada, o PMDB, na Esplanada, a presidente Dilma Rousseff não tem garantias de que conseguirá aprovar a volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) no Congresso Nacional para fechar as contas da União no ano que vem. Essa é a opinião da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO).

;Não sei se o governo, com toda essa reengenharia feita, se as partes que foram jogadas nesse processo são atores que vão criar a sustentação que o governo precisa. Eu não sei responder;, afirmou ela, citando que novamente não houve quórum para a votação dos vetos presidenciais às medidas que ampliam os gastos da União que foi adiada mais uma vez. A senadora reconhece é muito difícil conseguir um acordo com a base para aprovar a CPMF, apesar de muitos apoiarem o tema. No entanto, ela acredita que o governo conseguirá aprovar o Orçamento de 2016 e as medidas de ajuste fiscal neste ano.



;A CPMF é o verdadeiro torvelinho dessa discussão toda porque não há aceitação. Tem muita gente na base que admite, mas na verdade eles vão começar a pedir um Plano B;, disse. ;Se ninguém mais aceitar a CPMF, não adianta continuar falando sobre ela;, destacou.

Rose esteve reunida com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quarta-feira (7/10) por mais de duas horas discutindo orçamento e destacou que, no início da conversa, o assunto CPMF foi proibido. ;Não viemos para conversar sobre hipóteses;, contou. O Orçamento de 2016 está totalmente atrelado à CPMF, que, pelas contas do governo deverá gerar uma receita adicional de R$ 32 bilhões.

A senadora informou que pediu ao ministro que passe a limpo tudo o que houver de posições a serem tomadas e que coloque na mesa para as discussões de alternativas para que o governo consiga fechar os Orçamentos de 2015 e de 2016 a fim de cumprir as metas estabelecidas. Um novo encontro será feito para debater esses assuntos depois que o ministro voltar da viagem ao encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI), que termina neste fim de semana. Levy viaja hoje à noite para o Lima, no Peru, para participar dos encontros ministeriais.

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