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Em votação aberta, senadores decidem manter a prisão de Delcídio do Amaral

A manutenção da prisão de Delcídio teve que ser votada devido ao artigo 53 da Constituição, que prevê que os membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável

postado em 25/11/2015 21:29
A manutenção da prisão de Delcídio teve que ser votada devido ao artigo 53 da Constituição, que prevê que os membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável

Os senadores decidiram na noite desta quarta-feira (25/11) manter a prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS). Foram 59 votos a favor e 13 contra. Antes dessa votação, os parlamentares decidiram, pela primeira vez em uma situação como essa, que o voto seria aberto.

[SAIBAMAIS]A manutenção da prisão de Delcídio teve que ser votada devido ao artigo 53 da Constituição, que prevê que os membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Após a decisão, o processo no qual a prisão foi determinada deve ser remetido em 24 horas à Casa respectiva, de modo que a maioria dos parlamentares dê a decisão final.

O líder do governo no Senado, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), foi preso preventivamente, nesta manhã de quarta-feira (25/11), pela Polícia Federal (PF), por atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. O parlamentar teria sido flagrado na tentativa de destruir provas contra ele. Também foram realizadas buscas e apreensões no apartamento de hotel onde ele reside e no gabinete, no Congresso. É a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso.

A ação prendeu também o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

Em sessão extraordinária com ministros da 2; turma do Supremo Tribunal Federal, o ministro relator da Operação Lava-Jato no STF, Teori Zavascki, disse que o senador teria oferecido dinheiro para a família de Nestor Cerveró, além de planejar uma rota de fuga, caso ele não aceitasse a delação premiada.

Ouça a oferta da rota de fuga, onde Delcídio conversa com Bernardo Cerveró, Edson Ribeiro, advogado de Cerveró, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete.
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Ouça o áudio em que Delcídio diz manter "o compromisso" com Bernardo, em referência aos R$ 50 mil de mesada, que seria dada a Cerveró.
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