Politica

Lava-Jato: PF mira ex-tesoureiro do PP e cumpre mandados no DF

João Cláudio Genu continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a investigação

Eduardo Militão
postado em 23/05/2016 07:45
A Polícia Federal cumpre mandados em Brasília, Rio de Janeiro e Recife nesta segunda-feira (23/5) na 29; fase da Operação Lava-Jato. Um dos alvos é João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP e ex-assessor do falecido deputado José Janene (PP-PR). A ação foi apelidada de ;Repescagem;.

Genu foi preso preventivamente em Brasília, quando acompanhava uma pessoa num hospital da cidade. São cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária, por cinco dias - Lucas Amorim e Humberto do Amaral ;, e seis de busca e apreensão. Os policiais cumprem as ordens do juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. ;Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista;, informa a Polícia Federal.

O ex-tesoureiro continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a PF. ;Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava-Jato;, informou a corporação. ;As investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.;



A investigação apura crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa em relação a valores desviadas do esquema na Petrobrás.

Genu foi denunciado junto com Janene no mensalão. Ele foi acusado de sacar R$ 1,1 milhão em espécie de valores considerados propinas das contas da agência SMP, de Marcos Valério Fernandes Souza, condenado no caso e réu na Lava-Jato. Janene morreu antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal. Genu foi condenado por corrupção e lavagem, mas o primeiro crime prescreveu e, em recursos posteriores, ele foi absolvido do segundo crime.

O nome da 29; fase, chamada de Repescagem, é uma referência ao fato de o ex-assessor de Janene já ter sido processado no mensalão e agora ser alvo da Lava Jato.

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