Politica

Nova gestão tem missões imediatas: a primeira é melhorar imagem da Câmara

Parlamentares esperam que o novo presidente também destrave as votações, aprovando as medidas do ajuste fiscal já encaminhadas

postado em 14/07/2016 06:53
O plenário visto das galerias: com o impeachment de Dilma, o presidente da Câmara será o substituto imediato de Temer nas viagens internacionais

A Presidência da Câmara é um cargo cobiçado. Segundo nome na escala sucessória do Planalto ; no caso atual, primeiro, já que o presidente interino, Michel Temer, era vice-presidente da República ;, Rodrigo Maia será o dono de um orçamento de R$ 12,3 bilhões aprovados na Lei Orçamentária de 2016 e com poder de ajudar ou atravancar o governante de plantão. Mas o vencedor da disputa, cuja gestão inicia a partir de hoje, tem um passivo gigantesco: limpar a imagem da Casa, que, pela primeira vez, viu um presidente ser afastado, por unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

[SAIBAMAIS]Não que, tradicionalmente, a imagem do parlamento seja positiva. Mas, nos últimos meses, com o desgaste provocado pela novela envolvendo o ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou na semana passada, essa vala entre o Legislativo e a opinião pública aprofundou-se ainda mais. E tende a continuar aumentando. Enquanto os deputados defendiam a melhoria da imagem da Câmara, os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), remarcavam para as 9h de hoje a sessão para discutir os recursos (leia mais na página 6) contra a cassação de Cunha.



;Precisamos de um nome que devolva a dignidade e a respeitabilidade da Casa, perante os brasileiros e perante nós mesmos;, defendeu o deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP). Por uma questão partidária, ele não quis adiantar em quem votaria. Mas deixou implícito um lamento. ;Alguns nomes teriam condições disso. Mas, infelizmente, dificilmente terão chances de chegar lá;, completou, deixando escapar que um desses personagens seria o deputado Esperidião Amin (PP-SC).

Ele também espera que o novo presidente destrave as votações da Câmara, aprovando as medidas do ajuste fiscal já encaminhadas ; e as que ainda virão ; pelo Planalto. ;A Câmara precisa estar afinada com a pauta de mudanças cobrada pela sociedade;, completou Perondi. Parte da agenda começou a andar na noite de terça. Os deputados aprovaram a urgência transferindo diretamente para o plenário a votação dos projetos que alteram as regras de participação da Petrobras na exploração do pré-sal e o que define a renegociação da dívida dos estados.

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