A sessão do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado foi retomada às 19h desta quinta-feira (25/8). O questionamento ao procurador do TCU Julio Marcelo de Oliveira ocorre desde o início da tarde.
"É impossível que Dilma não soubesse das pedaladas", disse Julio, que foi declarado suspeito e não pôde depor como testemunha, mas sim como informante. De acordo com a defesa, Julio é um militante a favor do impeachment e, por ser membro do Ministério Público, não poderia emitir opinião política.
Isto porque, de acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, Júlio Marcelo confessou, no plenário do Senado, ter participado de um ato em frente ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas presidenciais. O procurador admitiu a participação no evento a partir de questionamentos do PT, principalmente da senadora Gleisi Hoffman (PR). "A meu ver, Vossa Excelência confessou participação nesse ato", disse Lewandowski hoje.
Ainda não se sabe se a outra testemunha de acusação, além de Julio, também será ouvida hoje, pois a sessão pode ser suspendida a qualquer momento pelo presidente da Casa. No entanto, ainda que não seja nesta noite, todas as testemunhas devem falar até segunda-feira (29/8), às 9h, quando Dilma Rousseff discursará.