Natália Lambert
postado em 26/08/2016 10:07
O segundo dia do julgamento da presidente Dilma Rousseff começou tenso no plenário do Senado Federal. Com um atraso de mais de 40 minutos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, abriu a sessão e, logo, começaram os debates a respeito das testemunhas. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) levantou a primeira questão de ordem pedindo que a segunda testemunha de acusação ouvida na noite de ontem, o auditor do Tribunal de Contas da União Antonio Carlos Costa D;ávila. Gleisi destacou uma resposta de D;ávila, na noite de ontem, em que ele admitiu ter ajudado o procurador do Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas de União Julio Marcelo de Oliveira a escrever trechos da peça acusatória. ;O procurador disse ;auxiliei, sim, na redação de alguns trechos da representação; Ele é o primeiro juiz da causa. É o auditor que recebeu a denúncia. Isso deu base ao TCU para rejeitar as contas da presidente. Criaram um crime dentro do TCU. Houve um conluio;, afirmou Gleisi.
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Ao reforçar o pedido de Gleisi, o advogado da presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, acrescentou que era um ;absurdo o auditor auxiliou a parte a elaborar uma representação;. Já se adiantando e, segundo ele, "para poupar uma professora de constrangimentos", Cardozo requereu que o nome de Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, seja retirado como testemunha. E solicitou que o professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário, Ricardo Lodi, seja ouvido somente como informante por ele ter atuado como assistente de perícia.