Politica

Analistas explicam os efeitos diretos do impeachment na política

Se por um lado o PT, partido ao qual Dilma Rousseff e Lula são filiados, deve encolher, por outro, partidos hoje no governo podem crescer pouco

Eduardo Militão
postado em 28/08/2016 08:10
Candidatos petistas, como Fernando Haddad (SP), estão com dificuldades para explicar crise  aos eleitores

Partidos que apoiaram a deposição da presidente Dilma Rousseff, à beira da cassação do mandato, podem ter um desempenho aquém do esperado nas eleições municipais deste ano, segundo analistas políticos ouvidos pelo Correio. Por outro lado, o PT deve ser o maior prejudicado, com perdas de 30% a 50% do número de prefeituras. Os grandes beneficiados deverão ser a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, e o PDT, turbinado pela ação dos irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará.

Segundo o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, não há dúvidas de que o PT deve ser o maior prejudicado. Em abril, a contabilidade apontava que 135 dos 638 prefeitos eleitos pela legenda em 2012 já haviam deixado a sigla, boa parte temendo os efeitos negativos na imagem dos petistas provocados pelas provas de corrupção obtidas pela Operação Lava-Jato. Só haveria 503 prefeituras sob o comando do partido que comandava o Palácio do Planalto até o afastamento de Dilma, em maio.

Para Toninho, a queda pode girar na casa dos 30% em relação, inclusive, a essas prefeituras que sobraram. O cientista político Cristiano Noronha, pós-graduado em administração pública e Mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Brasília, entende que a causa para o estrago no PT não é o impeachment em si, mas os fatos que levaram ao processo contra Dilma: o desgaste da Operação Lava-Jato na legenda e em seu maior líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os desvios de dinheiro identificados na Petrobrás e a deterioração da economia brasileira.

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