Politica

Bancada do PT no Senado busca modo de preservar direitos políticos de Dilma

Uma possibilidade que se cogita é desvincular a perda do cargo da suspensão dos direitos políticos, fazendo-se duas votações durante a sessão final

Paulo Silva Pinto, Leonardo Cavalcanti
postado em 31/08/2016 06:40
Uma possibilidade que se cogita é desvincular a perda do cargo da suspensão dos direitos políticos, fazendo-se duas votações durante a sessão final
A bancada do PT no Senado negocia um modo de preservar os direitos políticos da presidente afastada, Dilma Rousseff, mesmo que ela perca o mandato com a votação do impeachment, prevista para hoje. A preocupação parte, aliás, da constatação de que é praticamente certo o resultado desfavorável à petista. Uma possibilidade que se cogita é desvincular a perda do cargo da suspensão dos direitos políticos, fazendo-se duas votações durante a sessão final do impeachment do Senado.

[SAIBAMAIS]A proposta foi discutida ontem em uma reunião na liderança do PT em seguida ao pronunciamento de defesa do advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, no plenário do Senado. Ele estava presente, assim como o líder do partido na casa, Humberto Costa (PE), e os senadores Lindbergh Farias (RJ), Gleisi Hoffmann (PR) e Fátima Bezerra (RN), que formaram a linha de frente na defesa da presidente durante o processo. Enquanto discutiam o tema, eles fizeram uma refeição, servida em marmitas de isopor na mesa de reuniões.

A ideia de atenuar a punição a Dilma já foi apresentada antes, nas reuniões preparatórias do processo de impeachment, no Salão Negro do Senado, sob a liderança do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Mas ele disse que não seria possível dissociar a perda de mandato da suspensão dos direitos políticos.



;Não quero botar gosto ruim, mas acho que a chance é pequena, ainda mais depois de o presidente Lewandowski ter se pronunciado sobre o assunto;, comentou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi ministro do Planejamento do presidente interino, Michel Temer, e é um dos grandes defensores do impeachment. ;Mas se valer para ela, vai ter que valer para o Eduardo Cunha;, disse ele, lembrando que o deputado pelo PMDB do Rio de Janeiro está prestes a enfrentar o julgamento da perda do mandato.

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