O impeachment de Dilma Rousseff, votado na manhã desta quarta-feira (31/8), no Congresso Nacional, repercutiu na imprensa internacional. O The New York Times escreveu que a primeira presidente mulher do país saiu do poder acusada de ter cometido crime de responsabilidade fiscal. No entanto, a decisão foi uma "desculpa" dos políticos brasileiros para tentar reeguer a economia nacional.
"Deposta definitivamente". Essa foi a chamada do El País para a notícia de impeachment de Dilma. O jornal afirmou que, apesar da ex-presidente ter "maquiado" as contas públicas, sua saída foi meramente política: "Rousseff foi julgada e condenada apenas por sua gestão. Não teria sido deposta se a economia não estivesse despencado em 2015 e 2016".
O The Guardian disse que Dilma foi "jogada para fora do escritório" pelo Senado que, por sua vez, está "contaminado" por corrupção. O jornal ressaltou ainda que o "centro-direita" Michel Temer será presidente por dois anos e três meses - período restante do mandato da presidente afastada.
Já o francês Le Monde publicou que o impeachment foi um "golpe" que ameaça a jovem democracia brasileira. Ele escreveu ainda que o discurso de ex-guerrilheira alvo da ditadura não foi o suficiente para mudar a ideia dos senadores durante a votação.