Politica

Michel Temer diz que não está preocupado com impopularidade de propostas

O presidente da República comentou que a Justiça, a partir de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), vem fazendo readequações trabalhistas, como reduções salariais de 30%, pela interpretação da Constituição

postado em 30/09/2016 11:41
São Paulo - O presidente Michel Temer participa da abertura do seminário Exame Fórum 2016, em São PauloO presidente Michel Temer declarou nesta sexta-feira (30/9) não estar preocupado com a impopularidade que reformas propostas pelo seu governo possam causar. ;Se eu ficar impopular e o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito;, disse em São Paulo. Temer proferiu palestra no Fórum ;O novo cenário político e econômico; promovido pela Revista Exame. O presidente reiterou a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o teto dos gastos públicos.

[SAIBAMAIS];A aprovação é fundamental para evitarmos a espiral inflacionária e a recessão. A dívida poderá chegar a 100% do PIB em 2024 ou antes. Será a falência do estado brasileiro;, afirmou. O presidente disse ter convicção de que a proposta será aprovada. ;O Congresso hoje está muito consciente de que precisa colaborar com Executivo para que possamos sair dessa crise;, acrescentou.

Temer disse que a proposta vai colaborar para o crescimento econômico sustentável do país e evitará elevação de impostos. ;Não queremos aumentar a carga tributária, porque, convenhamos, chegou ao limite;, disse. Segundo o presidente, a PEC não é elitizada, pois garantirá recursos voltados aos grupos mais vulneráveis.



Reforma trabalhista
O presidente da República comentou que a Justiça, a partir de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), vem fazendo readequações trabalhistas, como reduções salariais de 30%, pela interpretação da Constituição. Essas decisões podem evitar, segundo Temer, a elaboração de propostas pelo governo federal de reformulação trabalhista, como prevista no projeto ;Ponte para o Futuro;, que tem como objetivo garantir empregos e, assim, manter a arrecadação.

Ensino médio

Temer disse que a decisão de reformar o ensino médio considerou o baixo desempenho no índice de desenvolvimento da educação, que passou a apresentar uma curva descendente nos últimos anos. Segundo ele, por cerca de cinco anos, a matéria foi discutida, com pressuposto de manter disciplinas obrigatórias por um certo período, permitindo que, ao final, o aluno pudesse montar a sua grade de acordo com a graduação pretendida.

O presidente avalia que a reforma foi ;bem recebida, com uma ou outra voz dissonante;. Ele citou que, na época em que era estudante, havia o colegial clássico e científico, em que os alunos cursavam uma especialização, modelo empregado na Europa e Estados Unidos. ;Não me preocupa, porque essa matéria será debatida e aprovada fazendo uma grande revolução;, ;Temos certeza que estamos dando um salto de qualidade na educação;, acrescentou.

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