Politica

Vitória de Doria antecipa disputa na Câmara Municipal de São Paulo

O vereador do DEM, que está no sexto mandato, fez campanha para Doria e está na fila pelo cargo desde 2010, quando foi derrotado por José Police Neto (PSD)

Agência Estado
postado em 06/10/2016 08:42
A vitória de João Doria (PSDB) no primeiro turno antecipou a disputa interna na Câmara Municipal pela presidência da Casa a partir de 2017. Eleito para o sexto mandato consecutivo, com 107 mil votos - a segunda maior votação -, Milton Leite (DEM) já articula apoio para ser declarado presidente em 15 de dezembro. Ele esteve na terça-feira (4/10), no escritório de Doria na capital e saiu com a promessa de que o prefeito eleito não vai interferir no processo.

[SAIBAMAIS]O vereador do DEM, que está no sexto mandato, fez campanha para Doria e está na fila pelo cargo desde 2010, quando foi derrotado por José Police Neto (PSD). Quem também pleiteia a vaga é Mario Covas Neto (PSDB). Tio do deputado Bruno Covas, vice-prefeito eleito, ele foi o vereador mais votado do partido neste ano (75 mil votos).

Conta a seu favor o fato de o PSDB ter feito a maior bancada da Casa, com 11 parlamentares eleitos. Pela tradição, o partido com maior representatividade na Câmara tem, em tese, a preferência na escolha do cargo.


O DEM de Milton Leite elegeu quatro vereadores. Aliados dele dizem que Leite sugeriu um acordo a Covas Neto de "fatiar" o mandato. Leite presidiria a Câmara nos primeiros dois anos e não tentaria a reeleição. Covas Neto receberia, em troca, seu apoio nos últimos dois anos da próxima legislatura.

;Dívida;
Doria tem uma "dívida" política com Leite, que somou votos para o tucano na região de M;Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. Covas Neto, no entanto, também foi determinante na construção da candidatura do empresário tucano. Ele deixou de apoiar o então colega de bancada, Andrea Matarazzo, durante as prévias do partido.

A eleição para a mesa diretora do parlamento paulistano ocorrerá neste ano ainda, o que pode favorecer Leite. Boa parte dos parlamentares não foi reeleita e, portanto, não vai compor a base de Doria e tende a apoiá-lo.

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