Politica

Deputado diz que prisão de Cunha vai representar 'fim do governo Temer'

Costa foi um dos muitos deputados da oposição que defenderam que Cunha deveria fazer uma delação premiada e contar detalhes dos esquemas de corrupção

Agência Estado
postado em 19/10/2016 15:40

O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) afirmou nesta quarta-feira (19/10), na tribuna da Câmara, que a prisão do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai representar o fim do governo do presidente Michel Temer.


[SAIBAMAIS]Costa foi um dos muitos deputados da oposição que defenderam que Cunha deveria fazer uma delação premiada e contar detalhes dos esquemas de corrupção do qual é acusado de participar, como o investigado pela Operação Lava-Jato. "Muitos deputados vão aumentar o uso de Lexotan, e eu sei que lá no Palácio do Planalto tem muita gente pedindo entrega a domicílio de calmante", disse Costa. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também afirmou que um eventual acordo de colaboração premiada de Cunha poderia prejudicar Temer "Cunha é a delação das delações, ele, sem dúvida, pode derrubar o governo do presidente Michel Temer", disse.

Ivan disse ainda que houve uma "imensa cumplicidade" dos deputados em relação a Cunha, que postergaram por cerca de oito meses a tramitação do processo de cassação do mandato do deputado no Conselho de Ética. "A medida que ele perdeu a imunidade parlamentar, há um mês e pouco, nós estamos assistindo agora a ação imediata do juiz de Curitiba para prisão preventiva", disse. Parlamentares da Rede, como Miro Teixeira (RJ) e Alessandro Molon (RJ), também defenderam que Cunha deve fazer um acordo de delação.

"Nós temos que cobrar que Eduardo Cunha colabore com a Justiça, para colaborar com a sociedade. Essa é uma maneira de ele se redimir. Ele faria um grande bem ao Brasil se delatasse, se desse nomes aos bois, descrevendo qual foi o papel de cada um deles", disse Miro. Assim que a notícia da prisão de Cunha veio a público, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) anunciou a decisão do juiz Sérgio Moro, da 13; Vara de Curitiba, no plenário da Câmara. Na hora, não houve manifestações, nem contra nem a favor do peemedebista.

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