Politica

Governistas vencem disputa pelas grandes cidades e já pensam em 2018

Segundo turno confirma vitória do PSDB na disputa pelas grandes cidades, e do PMDB, no total dos municípios. Maior derrotado foi o PT, que perdeu todas as sete corridas que disputou ontem. Atenção a partir de agora se volta para o Planalto

Paulo de Tarso Lyra
postado em 31/10/2016 06:00
Marcello Crivella, do PRB, que foi eleito prefeito do Rio de Janeiro: a força do voto evangélico é o novo componente no caldo político

Definidos os resultados do segundo turno das eleições municipais, os principais partidos já começam a projetar 2018, com cenários, opções e percalços que precisam atravessar para sonhar com o Planalto daqui a dois anos. A base de apoio ao governo Michel Temer no Congresso venceu nas maiores cidades. Mas é uma vitória fragmentada. Principal vencedor nas capitais, com 7, e vitorioso em 14 das 57 cidades que foram às urnas ontem, o PSDB sai fortalecido das urnas. Enfrenta, entretanto, a incógnita quanto ao tamanho da disputa interna entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aécio Neves (MG) e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, todos postulantes ao governo federal daqui a dois anos.

O PMDB do presidente Michel Temer segue sendo o maior partido em número de prefeituras, com 1.038, o que significa uma máquina eleitoral a postos para campanha. Mas teve derrotas expressivas no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, estados administrados pelo partido. Os peemedebistas não têm um nome natural para suceder Temer, e caciques da legenda defendem uma aproximação com os tucanos.

O PSB, que em 2012 tinha aumentado consideravelmente o número de prefeituras, embalado pelos planos presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos ; morto em um acidente aéreo em 2014 ; diminuiu no número de cidades administradas (de 440 em 2012 para 415 agora), mas muda o patamar de relação política. A legenda pode ser o destino de Alckmin, caso este não concorra ao Planalto pelo PSDB. O acordo é estimulado pelo atual vice-governador de São Paulo, Márcio França, interessado em abrir as portas dos socialistas para Alckmin em troca de apoio para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes daqui a dois anos.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação