Politica

Bolsonaro orienta aluno a 'peitar' professora que ensina 'comunismo'

O deputado federal, personagem controverso da política nacional por sua declarações sempre polêmicas, usou o perfil que mantém no Twitter para ironizar uma professora

Estado de Minas
postado em 30/03/2017 15:13

O deputado federal, personagem controverso da política nacional por sua declarações sempre polêmicas, usou o perfil que mantém no Twitter para ironizar uma professora

Com mais de 400 mil seguidores em seu perfil no Twitter, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) usou a rede social nesta quarta-feira para ensinar a um de seus seguidores, mais conhecidos como Bolsomitos, a "peitar" uma professora que estaria ensinando seu alunos "que comunismo é bom".

[SAIBAMAIS]Sinalizando que será candidato a presidente da República, em 2018, Bolsonaro vem construindo um discurso baseado na retórica do anticomunismo, que teve forte apelo durante os embates entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética durante a Guerra Fria, no século passado.

Para resgatar o discurso considerado por cientistas políticos de ultra-direita, Bolsonaro usou o exemplo de Cuba, a pequena ilha do Caribe que ousou no passado desafiar os Estados Unidos e, por isso, enfrentou um embargo econômico que durou décadas. Hoje, essa restrição caiu por terra no governo do ex-presidente Barack Obama.

Apesar de Cuba não ser mais um retrato fiel do comunismo, Bolsonaro insiste no discurso em seu perfil no Twitter. "Pergunte a ela (professora), se ela aceita dar aula por R$ 80", argumentou Bolsonaro, declarando que este é o salário de um professor naquel país.

O deputado federal, personagem controverso da política nacional por sua declarações sempre polêmicas, usou o perfil que mantém no Twitter para ironizar uma professora

O post de Bolsonaro foi retweetado por 1,6 mil e curtido por 3,7 mil seguidores. A mais recente pesquisa da CNT/MDA, divulgada em fevereiro deste ano, aponta 6,5% de intenções de votos para o deputado, nas eleições para presidente da República em 2018.

Bolsonaro aparece em segundo lugar, bem atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou com 16,6%. Nesta pesquisa, foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios nas 25 unidades federativas, das cinco regiões, entre os dias 8 e 11 de fevereiro.


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