postado em 12/04/2017 13:20
Diferentes veículos internacionais destacaram nesta quarta-feira (12/4) a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Operação Lava-Jato, Luiz Edson Fachin, autorizou a abertura de inquéritos envolvendo 108 nomes, entre eles oito minitros do governo Temer, três governadores em exercício, 24 senadores e 39 deputados federais.
O jornal americano The New York Times destacou a "abrangente decisão" da Corte brasileira ao autorizar a investigação de "políticos do alto-escalão". Os americanos também lembraram que "quase um terço do gabinete do presidente Michel Temer e muitos de seus principais aliados" foram afetados com a decisão.
O argentino Clarín afirmou que a "aparente calma do governo Temer nos últimos dias" foi interrompida com a divulgação da lista. O portal destaca o envolvimento de nomes do primeiro escalão do Executivo, principalmente do chefe de gabinete, Eliseu Padilha, e do secretário geral da Presidência, Moreira Franco.
O Deutsche Welle, da Alemanha, dedicou uma ampla cobertura ao caso. O jornal destacou que os "senadores Aécio Neves e Romero Jucá acumulam o maior número de pedidos de investigação". Os alemães também citaram a inclusão dos nomes do ex-presidente do Senado Renan Calheiros e do ex-presidente Fernando Collor na lista.
O jornal econômico americano The Financial Times, citou o impacto da lista sobre o real. A publicação diz que a moeda brasileira registrou queda diante o dólar após a Suprema Corte ordenar "investigações sobre a suposta corrupção de 74 políticos, incluindo oito ministros do governo do presidente Michel Temer".
Já o francês "Le Parisien" iniciou dizendo que "o nome do próprio presidente Michel Temer é citado", no que classifica "um novo marco de corrupção na Petrobras", agora com a luz verde do STF para investigações de "vários ministros-chave".
O "The Globe and Mail", do Canadá, afirma que o presidente Michel Temer está "lutando para manter sua coalizão" após a nova leva de acusações que balançam ainda mais a "estabilidade política" do Brasil.