Politica

Raquel Dodge, indicada para a PGR, é aprovada por unanimidade na CCJ

Atual subprocuradora coloca o combate à corrupção como prioridade do seu mandato

Simone Kafruni, Natália Lambert
postado em 12/07/2017 18:19
A indicada do presidente Michel Temer para a liderança da Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado por 27 votos a zero. O placar unânime é inédito na comissão. O nome de Dodge foi aprovado por 74 votos a um, com uma abstenção. Esse é o maior quórum na aprovação de um sabatinado pela casa, segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Agora, o nome dela volta para Michel Temer nomeá-la como a primeira mulher a ocupar a Procuradoria Geral da República.

A atual subprocuradora-geral da República afirmou, durante a sabatina no Senado, que o combate à corrupção continuará como uma prioridade da PGR. "A corrupção desvia recursos públicos de serviços essenciais, como educação, saúde, transporte", afirmou. Em pouco mais de duas horas de sabatina, ela respondeu a questionamentos dos senadores sobre variados temas. Por meio das indagações, parlamentares - parte deles investigada no âmbito da Operação Lava-Jato - tentam traçar como será a linha de atuação de Raquel à frente do Ministério Público Federal (MPF), que já afirmou que o combate à corrupção continuará a ser a prioridade da entidade.

Entre as principais preocupações dos senadores, estão os limites dos acordos de colaboração premiada, o uso de escutas telefônicas como provas, vazamentos das investigações pela imprensa, a prática da condução coercitiva, o tempo das prisões preventivas e a atuação do Conselho Nacional do Ministério Público na punição de procuradores envolvidos em denúncias ou excessos.

Com tranquilidade, Raquel disse que irá sempre considerar o devido processo legal em suas decisões como futura Procuradoria-Geral da República (PGR) e o foco será na preservação da dignidade da pessoa humana. Sobre o CNMP, do qual, ao tomar posse, Raquel será presidente, ela pretende fazer sessões mais curtas e temáticas para que as investigações contra procuradores também sejam pautadas e avaliadas.

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