Politica

Após ser hostilizado, Cristovam responde: 'Esse pessoal perdeu o discurso'

O senador Cristovam Buarque foi vaiado e chamado de golpista na terça-feira (19) durante evento em Belo Horizonte, precisando ser escoltado pela polícia

Agência Estado
postado em 19/07/2017 10:10
Buarque escreveu que o grupo de manifestantes O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) publicou, nesta quarta-feira (19/7) um vídeo em seu Facebook respondendo a manifestantes que o chamaram de "golpista" e "traidor da educação", um dia antes, em Belo Horizonte.
O parlamentar, que chegou a ser vaiado enquanto participava de evento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse que os críticos "ficaram para trás". "Esse pessoal perdeu o discurso. E não querem lutar por mais recurso. Eles querem apenas pedir mais dinheiro. Mais para a escola, mais para estádio. Eles não querem lutar por mais para a escola e menos estádio", afirmou. "Ficaram para trás. Por isso, eles agridem."
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O senador explicou que participava de sessão especial de ensino a distância da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Buarque escreveu que o grupo de manifestantes "o abordou de forma bastante desrespeitosa". "Para pessoas que têm opiniões contrárias e que agem dessa forma, envio o meu recado: viver num país em que se é hostilizado por pensar diferente é mais um incentivo para que eu continue a minha luta pela educação", escreveu.

"Golpista"


Em vídeos publicados nas redes sociais, Buarque é vaiado, chamado de "golpista", "traidor dos trabalhadores", "cínico" e "traidor da educação". "Está vendendo as universidades", diz um dos manifestantes.

Ex-ministro da Educação no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador votou no ano passado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Neste mês, Buarque também votou favorável ao texto da reforma trabalhista.

Segundo a agenda da UFMG, o parlamentar também participaria do lançamento do seu livro "Mediterrâneos invisíveis" na tarde desta terça-feira.

À noite, Buarque foi novamente hostilizado, desta vez próximo ao Teatro Cidade, no centro de Belo Horizonte, e voltou a ser chamado de "golpista". O senador chegou a ser escoltado por alguns policiais, como mostram gravações publicadas nas redes sociais.

Procurada, a UFMG ainda não se manifestou.

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