Politica

Moro e Lula ficarão frente a frente de novo em setembro

Este é o segundo processo na Operação Lava-Jato, no Paraná, em que o petista será ouvido

Agência Estado
postado em 20/07/2017 13:50
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Lula é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a OdebrechtO juiz federal Sérgio Moro marcou novo interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 13 de setembro, agora na ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht. Este é o segundo processo na Operação Lava-Jato, no Paraná, em que o petista será ouvido.

No mesmo dia, também será ouvido outro réu neste processo, Branislav Kontic, ex-braço direito do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma). Em 4 de setembro, prestarão depoimento executivos Marcelo Bahia Odebrecht, Demerval de Souza Gusmão Filho e Paulo Ricardo Baqueiro de Melo.

Dois dias depois, em 6 de setembro, será a vez de Palocci, do advogado Roberto Teixeira e de Glaucos da Costa Marques - primo do pecuarista José Carlos Bumlai. Todos os depoimentos ocorrerão a partir de 14h.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Lula é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. A acusação aponta que parte das propinas pagas pela Odebrecht foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, n; 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.

A força-tarefa da Lava-Jato afirma que o acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo petista.

De acordo com os procuradores, destinadas a Glaucos da Costamarques por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). A denúncia aponta que R$ 504 mil foram usados para comprar o apartamento vizinho à cobertura de Lula.

A nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glaucos da Costamarques, ;que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação que também foi concebida por Roberto Teixeira, em nova operação de lavagem de dinheiro;. As investigações indicam ;que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015;.

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