Politica

Mesmo com aprovação, deputados buscam consenso sobre reforma política

Parlamentares tentam entrar em consenso sobre 29 destaques feitos no texto elaborado pelo deputado Vicente Cândido

Bernardo Bittar
postado em 10/08/2017 13:12
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) discordou de privilégios: Embora tenha sido aprovada ontem, a PEC da Reforma Política ainda é debatida na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (10/8). Parlamentares tentam entrar em consenso sobre 29 destaques feitos no texto elaborado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP).
Inicialmente, o documento previa que nenhum cargo eletivo mantivesse vices, como vice-prefeito, por exemplo. Segundo ele, o custo dos servidores gira em torno de R$ 500 milhões por ano aos cofres públicos. ;Não vejo sentido nesse gasto. É um luxo que não podemos mais manter;, afirmou.
Em votação, parlamentares decidiram derrubar a proposta, até agora a única pauta concluída na sessão. Outros assuntos, como as regras de suplência dos senadores e detalhes do sistema eleitoral, ainda precisam ser debatidos.
Assuntos mais polêmicos, no entanto, já foram resolvidos. Um deles era a possibilidade de estender para toda a linha sucessória da Presidência da República benefícios restritos ao chefe do Executivo.
Desta maneira, o vice-presidente da República e os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF) seriam isentados da responsabilidade por atos estranhos ao exercício das funções enquanto durar o mandato.
Essas autoridades não poderiam ser presas por crimes comuns sem sentença condenatória. Para alguns deputados, o privilégio é absurdo. ;O certo seria o contrário: deixar a impunidade de lado e exigir que o presidente da República responda pelos crimes cometidos;, afirmou Alessandro Molon (Rede-RJ).
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) também discordou: ;Deixar que todos façam o que querem aqui na Casa é permitir a continuação dos erros;.

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