Politica

Romero Jucá chama Rodrigo Janot de "chefe de facção"

"Está se vendo que é a organização do Janot, do Marcelo Miller, mais alguns procuradores, o Joesley, o Sérgio Machado, o Cerveró e o Delcídio", disse o senador

Natália Lambert
postado em 13/09/2017 18:40

Poucas horas depois de o Supremo Tribunal Federal rejeitar, por unanimidade, o pedido da defesa do presidente Michel Temer para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fosse impedido de continuar à frente das investigações, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o chefe do Ministério Público Federal (MPF) é o ;chefe de uma facção;.

;O líder dessa facção, Rodrigo Janot, vai ficar mais dois dias à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). O que é lamentável. Aliás, está acabando de uma forma muito triste, como eu previ a alguns dias atrás. Qualquer ato dele está uivado de uma série de erros, de raiva, de rancor, da tentativa de apagar o rastros de irregularidades para que a nova PGR não encontrasse nada disso. Mas parece que não está conseguindo;, comentou Jucá ao sair da reunião da executiva nacional do partido, na Câmara dos Deputados.
Questionado sobre quem faria parte dessa ;facção;, o senador afirmou: ;Está se vendo que é a organização do Janot, do Marcelo Miller, mais alguns procuradores, o Joesley, o Sérgio Machado, o Cerveró, o Delcídio. Essas são as companhias do Janot que armaram todo esse circo;.
Além do comentário diante da possibilidade de o procurador-geral apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer, o senador contou que os peemedebistas decidiram pelo afastamento por 60 dias do ex-ministro Geddel Vieira Lima, tanto da executiva estadual na Bahia quanto da executiva nacional. Vieira Lima está preso após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 51 milhões em espécie em um apartamento ligado a ele. ;O partido aguarda a manifestação da Justiça e da defesa. Após isso, a legenda poderá se manifestar. Antes disso, seria prejulgar qualquer questão;, comentou.
Parlamentares do PMDB, com três votos contrários, também afastaram da sigla a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), de acordo com relatório aprovado no conselho de ética da legenda. A senadora foi julgada por causa do posicionamento a favor da ex-presidente Dilma Rousseff e ficará afastada até que o relatório final seja votado pela executiva.

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