Politica

Operação da PF investiga lavagem de dinheiro e cumpre 27 mandados hoje

Cerca de 110 policiais participam da Operação Lavat, uma continuação da ação que resultou na prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, em junho. Dos 27 mandados, 22 são de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva

Gabriela Sant'Anna - Especial para o Correio
postado em 26/10/2017 08:19
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (26/10) a Operação Lavat, destinada a desarticular uma organização criminosa que praticava crimes de lavagem de dinheiro e que foi investigada em junho pela Operação Manus. Na época, as investigações resultaram na prisão do ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB).

Cerca de 110 policiais cumprem 27 mandados judiciais em Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, São José do Mipibu, Angicos -- todos municípios do Rio Grande do Norte -- e em Brasília, no Ministério do Turismo. Destes, 22 são mandados de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a força para depor). De acordo com a Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, todos os alvos já foram comunicados das ações.

O nome da operação é uma referência ao provérbio ;Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat;, que significa "uma mão lava a outra".

Manus


Desdobramento da Operação Lava-Jato, a Operação Manus foi deflagrada em junho deste ano e apurava desvio de verba para o pagamento de propina na construção do estádio Arena das Dunas, em Natal. A ação resultou na prisão de Henrique Eduardo Alves e de Eduardo Cunha, além do então secretário de Obras Públicas de Natal, Fred Queiroz.
Segundo informações da PF, durante a análise do material apreendido da Operação Manus foram identificadas fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes à quadrilha, que continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores para o chefe do grupo.

Um esquema que fraudava licitações em diversos outros municípios do RN também foi identificado. Os criminosos firmavam contratos públicos, que somados alcançaram cerca de R$ 5,5 milhões, para alimentar a campanha ao governo do Estado de 2014.

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