Politica

Gilmar Mendes pede investigação sobre suposta acusação de corrupção

Um áudio que circulou nas redes sociais criticou decisão do ministro em soltar Garotinho e o presidente do PR

postado em 24/12/2017 12:03
Gilmar Mendes no STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, solicitou que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, instaure processo para investigar acusação de corrupção feita contra ele.

Em áudio que circulou no sábado (23/12), por meio de redes sociais, um homem que se apresenta como o juiz que acompanha o processo envolvendo o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho critica a decisão de Gilmar Mendes de liberar Garotinho e o presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, presos por determinação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). O autor do áudio diz que ;a mala foi grande;, insinuando que o ministro teria recebido dinheiro em troca da decisão.

Em nota, a assessoria do ministro afirma que no áudio ;são feitas graves acusações caluniosas à sua pessoa e às recentes decisões; e que ;o ministro Gilmar reitera que suas decisões são pautadas pelo respeito às leis e à Constituição Federal;. O ministro também pediu que o Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha, tome providências em relação à situação, e informou o fato ao presidente e ao corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, segundo o comunicado. O corregedor geral da Justiça Eleitoral, Napoleão Nunes Maia Filho, emitiu um comunicado sobre o episódio.


O ex-governador do Rio Anthony Garotinho é acusado de corrupção e compra de voto. No áudio, o homem também relata que tem recebido ameaças. ;Vocês não sabem da missa a metade do que eu estou passando aqui em Campos [dos Goytacazes, cidade do Rio]; por fazer ;um trabalho sério;, diz, acrescentando que a situação é desanimadora.

A Agência Brasil procurou o juiz a quem é atribuído o áudio, mas até a publicação desta reportagem não conseguiu contato.

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