Politica

Temer aguarda retorno de Pezão para comunicar intervenção oficialmente

À noite, o presidente Michel Temer fará um pronunciamento em cadeia de rádio e TV para todo o país. Decreto coloca o Exército no comando da segurança do Rio de Janeiro

Rodolfo Costa
postado em 16/02/2018 12:14
Pezão  participará de solenidade em Brasília: decreto é assinado hoje por Michel TemerO presidente Michel Temer vai assinar, no começo da tarde desta sexta-feira (16/2), no Salão Leste do Palácio do Planalto, o Decreto de Intervenção na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. O peemedebista aguarda apenas a chegada do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que estava em Brasília, mas voltou à capital fluminense para reuniões no Palácio das Laranjeiras. Somente após o retorno do chefe do Executivo estadual que haverá algum posicionamento do governo federal.

Além de Pezão, participarão da solenidade os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), respectivamente, além de ministros e outras autoridades. A NBR fará transmissão ao vivo. As 20h30, Michel Temer fará um pronunciamento em cadeia de rádio e TV para todo o país.

Junto a Pezão, também é esperada a chegada do general Walter Souza Braga Neto, militar designado para ser o interventor e assumir as funções de chefia na segurança pública do Rio de Janeiro. Com a decisão, as Forças Armadas assumem a chefia do comando das polícias civil e militar no estado.

No Rio, Pezão decretou o afastamento do secretário de Segurança, Roberto Sá. Devido à intervenção federal, o auxiliar não pode manter o posto no cargo, para não gerar conflitos no comando das ações e estratégias no combate à violência no estado.

Reunião marcada por tensão

A reunião de emergência sobre a intervenção militar no Rio, na noite dessa quinta-feira (15/2), foi marcada por tensão. Durante o encontro no Palácio do Alvorada, que durou cerca de quatro horas e meia e reuniu os líderes do Planalto, Senado e Câmara, além de ministros de Temer, a situação vivida no Rio foi comparada a uma "guerra civil".

O presidente bateu o martelo sobre a decisão de criar o Ministério da Segurança Pública, proposta que partiu do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresentou muito nervosismo, se queixando de não ter sido convidado a participar de reuniões sobre a crise na segurança desde o início. Maia também demonstrou irritação com o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

, em entrevista a jornalistas, que a intervenção do governo federal na segurança do Rio de Janeiro irá direto ao plenário da Câmara e pode ser votado na segunda-feira (19/2) à noite ou na terça-feira de manhã. Em seguida, será apreciado pelos senadores.


Com informações de Jacqueline Saraiva

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