Paulo de Tarso Lyra
postado em 06/03/2018 15:51
O chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha, não escondeu que a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, de quebrar o sigilo bancário do presidente Temer, tem relação com o atual momento político brasileiro. ;Este é um fato, em que pese anômalo, está compreendido dentro do momento atual. Quando o governo tem um fato altamente positivo, acaba aparecendo um negativo;, disse o ministro.
Padilha lembrou que o próprio presidente Temer decidiu oferecer à imprensa o sigilo bancário, por não ter nada a esconder. O que não quer dizer que tenha ficado satisfeito. ;Foi uma decisão singular, nunca aconteceu (a quebra do sigilo de um presidente) e não é algo que agrada;.
[SAIBAMAIS]O chefe da Casa Civil não quis atrelar diretamente a decisão de Barroso ao anúncio da intervenção no Rio de Janeiro. ;Não consigo ler o pensamento do ministro. Ele deve ser pautado pela lei e pelo que diz a Constituição Federal;, ironizou.
Titular de ministério deixará cargo
O auxiliar de Temer confirmou reuniões que manteve com ministros na parte da manhã para tocar o projeto de desburocratização do país e a reforma ministerial. O titular do Meio Ambiente, Zequinha Sarney, deixará o cargo no dia 31 de março.
Até o dia 7 de abril, pelos menos outros 10 ministros deixarão o governo para concorrer em outubro. ;O presidente quer a indicação de nomes que tenham um patamar se possível maior do que os dos atuais titulares e comprometidos com o projeto de poder do governo. Teremos um candidato único da base;, sinalizou.