Politica

Marun: "Ainda não há indícios" de que Marielle foi morta por milicianos

Ministro avaliou que crime mostra que a intervenção militar é necessária e, segundo ele, "imbecil" é quem pensava que problema do Rio seria resolvido em 30 dias

Rosana Hessel
postado em 15/03/2018 18:22
Marielle Franco

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, acredita que, nos próximos dias, o governo conseguirá solucionar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, e afirmou que o trágico evento reforçou a necessidade da intervenção militar no Rio de Janeiro. Ele, inclusive, não descartou que morte da parlamentar possa ter tido um viés político. "É uma hipótese que não está afastada. Não está afastado que esse motivo tenha aspectos da atuação parlamentar e isso torna o crime mais horrendo", afirmou ele, acrescentando que ainda "não há indícios" de que os autores do assassinato sejam milicianos.

Na avaliação de Marun, a morte da vereadora Marielle é só mais uma evidência de que o governo está "no caminho certo de decretarmos uma intervenção que recupere o sentido de autoridade no estado do Rio". "É um crime bárbaro. Um crime que atinge uma representante do povo e temos a mais absoluta certeza de que, em breves dias, em função até da intervenção, nós teremos esse crime solucionado", afirmou o ministro, após evento de assinatura do decreto que regulamenta o Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve), e do lançamento do programa Brasil Mais Jovem 2018, nesta quinta-feira (15/03) no Palácio do Planalto.

O principal articulador político do presidente Michel Temer classificou como "absurdas" críticas a respeito da intervenção e negou que ela teria seria um fracasso, porque ela "começou a incomodar os bandidos". "Isso é a prova de que a intervenção é necessária e está no seu início e já tem grandes êxitos, mas ainda tem muito a realizar. Nós sabemos disso e a prova é que estamos no caminho certo", disse ele, citando a apreensão de 40 fuzis e ;tiros; evitando que muitas pessoas fossem vitimadas por essa munição. ;Foi um êxito. E, claro, que não poderíamos dizer que foi a expectativa. Com todo o respeito, imbecil é quem achou que, em 30 dias, nós solucionaríamos a questão da violência no Rio de Janeiro. Essa nunca foi a nossa pretensão. Temos um trabalho de longo curso;, afirmou Segundo ele, quem tinha o objetivo de assustar o governo ;se enganaram;.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de federalizar a investigação, uma sugestão da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro afirmou que ainda não tem uma posição a respeito. ;Se o pedido (da PGR) for feito, ele será observado com o respeito que ele merece;, disse. De acordo com Marun, ainda não está confirmado se o presidente Michel Temer irá para o Rio neste fim de semana para fazer um balanço da intervenção militar no estado fluminense ou se o chefe do Executivo adiará essa viagem.

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