Politica

Depois de assassinato de Marielle, PSOL é alvo de ataques na internet

Partido é acusado de de agir 'em defesa de bandidos' e, por isso, alegam que pedir a prisão de seus assassinos seria uma contradição

Agência Estado
postado em 16/03/2018 12:15
O PSOL tem entre suas principais bandeiras a defesa dos direitos dos trabalhadores e direitos humanos básicos
A página do PSOL no Facebook está recebendo ataques de usuários que acusam Marielle Franco, a vereadora assassinada na quarta-feira à noite, assim como outros parlamentares da legenda, de agir "em defesa de bandidos"- , por isso, alegam que pedir a prisão de seus assassinos seria uma contradição. Nos últimos posts compartilhados pelo partido em memória de Marielle, há dezenas de comentários com esse teor, muitos deles, em tom de deboche.

[SAIBAMAIS]"Quem procura acha! Que os assassinos da vereadora do PSOL sejam tratados com dignidade e respeito", diz um deles. "Acho que os assassinos merecem uma segunda, e até terceira chance", zomba outro. "Que o PSOL pare de passar a mão na cabeça de marginal", afirma outro. "O PSOL só está colhendo o que planta todos os dias", ataca mais um.

Em outros comentários, usuários alegam que Marielle e seus pares não pediam justiça para a morte de policiais - ano passado, foram mais de 130 - e agem com "dois pesos e duas medidas".

Os ataques são tantos que superam, em número, as mensagens de solidariedade pela perda da parlamentar. Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio; seu assassinato, uma provável execução, segundo a polícia, vem motivando manifestações públicas, nas redes sociais e também no exterior.

O PSOL tem entre suas principais bandeiras a defesa dos direitos dos trabalhadores e direitos humanos básicos, em especial de mulheres, negros e população LGBT. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle concentrava sua atuação na defesa das populações marginalizadas.

A reportagem entrou em contato com parlamentares do PSOL e lideranças do partido no município e no Estado nesta sexta-feira (16/3)para falar sobre os ataques recebidos, mas não conseguiu contato. O espaço está aberto para manifestações.

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