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Astro vive idílio com amiga de infância

Ronnie encontrou em Kika a companheira perfeita. A união foi tramada pelas famílias muito antes de ser consumada

postado em 13/08/2010 20:57

Ronnie e Cristina: 20 anos de esperaEm um dado momento, Ronnie Von enfrentou um impasse na vida pessoal. Com o carreira na TV consolidada e os filhos do primeiro casamento entrando na adolescência, o artista não conseguia engatar um relacionamento estável. Não que estivesse ;pulando de galho em galho;, apenas não tinha sorte. A vida a dois com a atriz Bia Seidl, com quem havia trocado alianças em 1984, sofreu com a incompatibilidade de agendas. Ronnie tinha muitos compromissos em São Paulo e não conseguia mais se adaptar ao Rio de Janeiro de sua infância e juventude. A separação foi inevitável.

Nos momentos de aperto, voltava à casa do pai, José Maria Cintra Nogueira. Até que, um dia, o velho lhe deu uma dura. Disse que romperia relações se ele embarcasse em outra canoa furada. Mal sabia o artista que seu destino com Cristina, a Kika, 11 anos mais nova, já estava sendo traçado. Quem conta essa emocionante história é o próprio Ronnie, em entrevista concedida por telefone.

Como foi seu encontro com a Cristina?

Ela perdeu o pai muito cedo e ficou muito agarrada a mim. As famílias são amigas. Aos 11 anos, ela confessou ao meu pai que era apaixonada por mim. Ora, eu já era artista. Todo ano, ela reiterava ao meu pai a paixão por mim. Aí diziam: ;Agora vai: a Cristinha vai casar com o Ronnie;. E o Ronnie não queria saber de Cristininha, porque era baixinha, gordinha, carinha de freira.

Seu pai revelou o segredo da Kika?
Eu comecei a botar os pingos nos is. Não podia ser a Kika. Era uma coisa até incestuosa. Um dia, no café da manhã, tivemos uma pequena discussão em família. A minha madrasta, que é como uma mãe, comentou com meu pai que eu estava começando um novo relacionamento. Ele não se conteve: ;Não pode ser. Eu acho que vou cortar relações com você. Porque, para você, só existe uma pessoa, que lhe daria descanso, que lhe faria bem;. Aí eu joguei um verde: ;Vocês estão me induzindo ao incesto!”. E a coitada da minha madrasta, na inocência dela, toda carola, confirmou: ;É. Você já ouviu falar de química de pele?;. Eu pensei: ;Tô perdido, minha família é pornográfica agora!”.

E as crianças, o que achavam disso?
;Namora a Kika;, meus filhos diziam. Ela me ajudava, matriculava as crianças na escola. E ela arranjava namorada para mim, coitada. Depois ela me disse: ;Ronnie, você perdeu um tempão;.

Aí vocês se entenderam;
Fui fazer uma tempora em Buenos Aires. Enquanto isso, ela estava montando minha casa nova. Quando cheguei na Argentina, meu produtor me achou meio pra baixo e disse para trazer a Cristina. ;Traz a sua irmã, ela vai te ajudar;. Aí tem outra história. Meu pai, que era diplomata, tinha ganhado do rei da Tailândia um faqueiro que era a coisa mais linda do mundo. Fiquei doido e pedi o faqueiro para ele. Aí ele disse: ;Não. Suas mulheres levaram tudo, até as coisas da sua mãe;. Foi aí ele quase entregou o ouro. ;A não ser que você encontre uma pessoa que tenha a minha benção.;

Em Buenos Aires;
Inventei uma história. Disse para ela vir para ver a coleção do Salvador Dalí, que estava em Palermo. Eu fiquei muito feliz com a chegada dela. Dei um beijo nela, rodamos no saguão, os populares aplaudiram, parecia filme. Mais tarde, depois de uma festa, fui levar a Kika para o apartamento dela no hotel que estávamos. E dei um beijo. Sabe aquele beijo que pega no canto?

Na trave...
Peguei o queixo e acertei. É evidente que ela não dormiu no apartamento dela e eu corri o risco de perder a minha amiga. No dia seguinte, liga a mãe dela. Os caras transferindo a ligação para o meu apartamento e eu atendi com aquela voz de caverna. ;Estou procurando a Cristina;. Aí eu improvisei: ;Ela veio tomar café da manhã comigo;. ;Tão cedo, meu filho? Mas antes de você passar para ela, saiba que estou muito feliz.;

Esperta sua sogra;

Em síntese: não tivemos tempos para ver Salvador Dalí coisa nenhuma. Nesse mesmo dia, fomos lá para a Recoleta. Tomamos um submarino num frio danado. Ela olhou para mim, com os olhos cheios de lágrima. ;Eu esperei por esse momento mais de 20 anos da minha vida.; Aí o tio Ronnie ficou todo derretido. Não tive tempo para nada a não ser ficar deitado o dia inteiro. Achei uma maravilha. Na volta, tinha faixa, banda de música. Foi aquela vergonha. O primeiro a chegar foi meu pai, todo sério, de terno e gravata. Aí eu disse: ;E então, cadê o meu faqueiro?; ;Agora, sim", ele respondeu, chorando. "Sou o homem mais feliz do mundo.;

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